Quem disse à estrela o caminho Que ela há-de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que a ave aprendeu? Quem diz à planta «Florece!» E ao mudo verme que tece Sua mortalha de seda Os fios quem lhos enreda?
Ensinou alguém à abelha Que no prado anda a zumbir Se à flor branca ou à vermelha O seu mel há-de ir pedir? Que eras tu meu ser, querida, Teus olhos a minha vida, Teu amor todo o meu bem... Ai!, não mo disse ninguém.
Como a abelha corre ao prado, Como no céu gira a estrela, Como a todo o ente o seu fado Por instinto se revela, Eu no teu seio divino . Vim cumprir o meu destino... Vim, que em ti só sei viver, Só por ti posso morrer.
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