domingo, 23 de dezembro de 2012
Feliz Natal
Que esse Natal não seja feito apenas de cores e comidas, luzes, prazeres e bebidas. Que haja partilha e esperança.
Que em nenhuma mesa falte pão, e em todos corações reine o amor.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
A abelha
A abelha voou, voou.
Queria molhar o pé
e pousou na minha xícara
cheia de leite e café.
A abelha voou, voou.
desenhando um coração.
Queria provar um pouco
da geléia no meu pão.
A abelha voou, voou
Queria voar no céu
e eu que queria provar
um pouquinho de seu mel.
A abelha voltou, voou.
Queria me deixar feliz.
Achou que eu era um doce
e pousou no meu nariz.
Rosa Clement
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
As abelhas
A abelha mestra
E as abelinhas
Estão todas prontinhas
Pra ir para a festa
(Refrão)
Que zumi, que zumi
Lá vão pro jardim
Brincar com a cravina
Roçar com o jasmin
Da rosa pro cravo
Do cravo pra rosa
Da rosa pro favo
E de volta pra rosa
Venham ver como dão mel as abelhas do céu
A abelha rainha
Está sempre cansada
Engorda a pancinha
E não faz mais nada
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
A Natureza é sábia, é maravilhosa. As abelhas, os insetos mais inteligentes do reino animal são um exemplo disso. Elas se comunicam entre si através de bailados geométricos efetuados em pleno ar, além de terem uma elevada organização social. E elas também realizam cerimônias de mumificação!
A abelha rainha, a mãe de todas elas, quando morre é ritualisticamente velada, e posteriormente embalsamada com cera pelas demais. Ela foi a alma, o suporte da colmeia, a qual não pode ser perdida - e a mumificação da rainha irá garantir isso! Depois das cerimônias, todas as demais voam produzindo um estranho zumbido - cânticos de despedida - e então formam um arco triunfal, reverente, no espaço, dando passagem e transportando a múmia da soberana através do ar para um cripta, onde permanecerá preservada.... Como um suporte mágico de modo a manter viva a alma da colméia!
Aristóteles (384a.C.~322a.C.), ilustre filósofo da Grécia antiga, em seu livro “Catálogo Animal” descreve a Própolis da seguinte forma:
“Se conceder as abelhas, uma colmeia vazia em um ar puro, elas coletam as “lágrimas” que saem das árvores, as quais são resinas de vários tipos de vegetações, para construir a colméia.”
Pólen
Pólen – é coletado pelas abelhas campeiras e transportado para o interior da colméia em pequenas bolotas que são depositadas em células de armazenamento; existe uma imensa variedade de pólen, pois depende da flora apícola visitada pelas abelhas, consumindo-se pólen de diversas origens sendo, por isso, mais rico; conhecido também como “pão das abelhas” possui proteínas, vitaminas (A, B, C, D, E, F e K), sais minerais (cálcio, fósforo, enxofre, magnésio, cobre, ferro e potássio), lipídios e todos os aminoácidos essenciais (não produzidos pelo organismo e indispensáveis aos seres vivos).
Própolis
A origem deste nome é grega vinda da junção das palavras “pró” que significa “em defesa de” e “polis” que significa “cidade”, ou seja, própolis quer dizer “em defesa da cidade” sendo a colméia a cidade das abelhas; as abelhas colhem substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas de brotos, árvores, flores e exsudados de plantas às quais acrescentam secreções salivares, cera e pólen obtendo, assim, o produto final; as abelhas utilizam-no para vedar a colméia, soldar peças, mumificar insetos que entraram e esterilizar a colméia internamente; contém flavonóides, resinas balsâmicas, cera, pólen, gorduras, ácidos, sais minerais (ferro, cobre, manganês e zinco) e vitaminas; é bactericida, antibiótica, anti-séptica, antiinflamatória, cicatrizante, analgésica, imunológica sendo indicada em casos de infecções dentárias e cutâneas como corte, úlceras, queimaduras, furúnculos, faringite, rinite e bronquite; é utilizada na indústria de cosméticos, vernizes, impermeabilizantes e conservantes de alimentos.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
A abelha sempre foi símbolo da realeza. No Antigo Egito dizia-se que esse inseto havia sido gerado a partir das lágrimas de Rá, o deus-sol egípcio. Esta intrigante cultura também embalsamava seus mortos com este fluido universal. Os sumérios, considerados como a primeira civilização, foram os que pela primeira vez desenharam a abelha e sua dança como algo sagrado.
A abelha
A abelha que, voando, freme sobre
A colorida flor, e pousa, quase
Sem diferença dela
À vista que não olha,
Não mudou desde Cecrops. Só quem vive
Uma vida com ser que se conhece
Envelhece, distinto
Da espécie de que vive.
Ela é a mesma que outra que não ela.
Só nós — ó tempo, ó alma, ó vida, ó morte! —
Mortalmente compramos
Ter mais vida que a vida.
Fernando Pessoa
Mel
O único alimento que não se degenera. Néctar dos deuses que, conforme a mitologia, nutriu Zeus quando bebê . Dr. Hipócrates, aquele que até hoje os médicos fazem o juramento ao se tornarem doutores, na Grécia de 500 anos antes de Cristo, costumava prescrever mel para dar energia aos atletas e também para acalmar a ansiedade dos noivos antes do casamento, o que originou a expressão “Lua-de-Mel”.
A 350 a.C. o desenho da abelha foi consagrado como símbolo do Rei. Uma imaginação de um Rei da comunidade das abelhas (na verdade a Rainha). O vestígio que comprova a criação das abelhas está no templo da 5º era dos Faraós (2.500 a.C.). Utilizavam como colméia uma cesta. Também há registro de colméia feita de barro e utilizavam fumaça (queimando esterco de boi), espantando as abelhas para a coleta do mel. Há registro de que a coleta de mel nas margens do rio Nilo, utilizando jangada para subir e descer o rio, continuou até o final do século XVIII.
domingo, 16 de setembro de 2012
Devagar, devagar... A noite dorme
e é preciso acordar sem sobressalto.
Sob um manto de sombra, denso, informe,
o mar adormeceu a sonhar alto.
Devagar, devagar... O rio dorme
sobre um leito de areias e basalto...
Malhada pela neve a serra enorme
parece um tigre a preparar o salto.
E dorme o vale em flor. Dormem as casas.
Nenhum rumor. Nenhum frémito de asas.
Nada perturba a noite bela e calma.
E dormem os rosais, dormem os cravos...
Dormem abelhas sobre o mel dos favos
e dorme, na minha alma, a tua alma.
Fernanda de Castro
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Mel
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio dia, é meia noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio dia, é meia noite
Faz zum zum na testa
Na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda à fora
Anima de vida o seio da floresta
Amor empresta a praia deserta
Zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.
Maria Bethânia
A abelha e a flor
Ide pois aos vossos campos e pomares,
e lá aprendereis que o prazer da abelha
é de sugar o mel da flor,
mas que o prazer da flor
é de entregar o mel à abelha.
Pois, para a abelha,
uma flor é uma fonte de vida.
E para a flor
uma abelha é mensageira do amor.
E para ambas,
a abelha e a flor,
dar e receber o prazer
é uma necessidade e um êxtase.
Khalil Gibran
"A liberdade é um vinho de excelência. Não faz sentido que não o compartilhes. A sedução de ambos ajuda-nos a viver, é o perfume da pele, a pele do vento, o segredo com que a flor atrai a abelha. As árvores amam-se, e até mesmo as pedras partilham o amor entre si. O verde perde-se de amor pelo azul."
Joaquim Pessoa
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Deusa abelha
A Deusa cultuada na Anatólia (Ásia menor, 3500-1750
a.C.) era representada usando uma tiara em forma de colmeia; o mel era
considerado sagrado e usado para embalsamar os mortos enterrados em
posição fetal em vasos chamados pythoi. ”Cair no vaso com mel” era a
metáfora usada para morrer e o pythos era o ventre da Deusa na sua
manifestação como Pandora, a Doadora, cuja essência sagrada era o
mel.Vários mitos descrevem a restauração da vida após a morte com o
auxílio do bálsamo de mel da Deusa. Deméter era chamada de Mãe Abelha e
no seu festival Thesmophoria, reservado apenas às mulheres, as oferendas
(mylloi) eram constituídas de pães de mel e gergelim em forma de órgãos
sexuais femininos.
O símbolo de Afrodite do Seu
templo em Eryx era um favo de ouro e Suas sacerdotisas eram chamadas
Melissas, assim como também as que serviam nos templos de Deméter,
Ártemis, Rhea e Cibele, nos cultos da Grécia, Roma e Ásia menor. Essas
sacerdotisas exerciam funções oraculares, se alimentavam apenas com
pólen e mel e recebiam o dom de falar a verdade da Deusa Abelha, que a
sussurrava nos seus ouvidos.
As abelhas eram
consagradas à Deusa desde a antiga civilização matrifocal de Çatal Huyuk
(Anatólia) e aparecem nos mitos gregos como “pássaros das Musas”,
atraídos pelo aroma das flores do qual preparavam o mel, considerado um
néctar divino. Acreditava-se que as abelhas eram almas das sacerdotisas
que serviram às deusas Afrodite e Deméter, acompanhando a passagem das
outras almas entre os mundos.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
Mel
Na curva da primavera,
no alto da montanha,
abelhas fabricam mel.
zumbem, dançam, rodopiam,
cantam para as flores
o azul do dia.
Roseana Murray
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