A Deusa cultuada na Anatólia (Ásia menor, 3500-1750
a.C.) era representada usando uma tiara em forma de colmeia; o mel era
considerado sagrado e usado para embalsamar os mortos enterrados em
posição fetal em vasos chamados pythoi. ”Cair no vaso com mel” era a
metáfora usada para morrer e o pythos era o ventre da Deusa na sua
manifestação como Pandora, a Doadora, cuja essência sagrada era o
mel.Vários mitos descrevem a restauração da vida após a morte com o
auxílio do bálsamo de mel da Deusa. Deméter era chamada de Mãe Abelha e
no seu festival Thesmophoria, reservado apenas às mulheres, as oferendas
(mylloi) eram constituídas de pães de mel e gergelim em forma de órgãos
sexuais femininos.
O símbolo de Afrodite do Seu
templo em Eryx era um favo de ouro e Suas sacerdotisas eram chamadas
Melissas, assim como também as que serviam nos templos de Deméter,
Ártemis, Rhea e Cibele, nos cultos da Grécia, Roma e Ásia menor. Essas
sacerdotisas exerciam funções oraculares, se alimentavam apenas com
pólen e mel e recebiam o dom de falar a verdade da Deusa Abelha, que a
sussurrava nos seus ouvidos.
As abelhas eram
consagradas à Deusa desde a antiga civilização matrifocal de Çatal Huyuk
(Anatólia) e aparecem nos mitos gregos como “pássaros das Musas”,
atraídos pelo aroma das flores do qual preparavam o mel, considerado um
néctar divino. Acreditava-se que as abelhas eram almas das sacerdotisas
que serviram às deusas Afrodite e Deméter, acompanhando a passagem das
outras almas entre os mundos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário